É por isso que mais ame:
certa vaidade humana
caminha a passos muito assustadoramente próprios.
A tarefa didática: "pedir pra sair de si, ser o outro",
frustra a ambos.
É por isso que beije.
Antes que fale.
E, sendo possível, consuma ao máximo
e, somente saboreie com gosto,
o sentir da inquestionável sensação
do não precisar perguntar ou responder,
vinda do afago que vem não se sabe de que,
e que póvoa pleno como pouca coisa,
durante o precioso momento do beijo,
um que é dado somente quando se está sem saber de ser.
Ora, porquê "o que sou", se há o beijo?!
Odeie não,
pois isso,
por pouco,
leva sempre
pra longe!
Além de que cansa!
Cansaço nublado pelo prazer tão pouco discutido da raiva.
E há o beijo, na figura de lenda muitas vezes.
Quanto mais Ser,
menos Pensar.
Ou pelo menos que se êxite ao máximo naquelas circunstâncias do não entender dolorido.
Sobretudo
que se exija
de si.
e só.