Cuide mode não passar daqui e admirá-la ainda mais tanto que queira até sê-lá. De modo a se saber o mínimo. Como não vendo onde tu termina e onde começa a menina. Pois o que mais temes é perder-se de si e só achar-se na dita. Feito um lar que é terrível por não se poder habitar nunca. Afinal é o outro. Algo que diverge de vossa doença de querer se fundir. Já que nas atuais condições proximidade alguma lhe baste. Tanto perigo por amar assim tanto. E a dita ao deixar, ainda mais tanto. E ela se vindo com gás a ponto de lhe transbordar idolatria, e em teus poros vazar orgulho, concebe-a deusa na terra. Mito que tanto esperou. E pela espera tornar-se costume, um não-ter tranqüilo, parecido não esperando... Veja só: achas agora! | E agora ao lado, tão carne-física, as mãos que de magnéticas nem se perdem nem se procuram, na cama tão corpo, com olhos tão fundo, impostos enfáticos, gesto no lábio, nuances que gravas, pescoço tão vício, sede de sede, adentra-lhe o hálito... Ao lado tão grande, quão antes, os erros exige. Implora, precisa, que se humanize, que feda, que arrote, um trisco de decepção e pare de além de linda, e escorrer tal lindeza em tantos sentidos, ser tão preenchitivamente sã e indubitavelmente madura de voz coerente que acalenta e cura, e adentra tal fundura, que eu queira lhe ser tendendo a perder, de mim, o minimo. | Ela é o que tanto pedira. Até sem se ouvir. Espasmos de medo da perda, do fim, pois sim. Vejam só: igualmente sentes, diz. Mas temer é tudo que ela não deve, e de modo algum, se tens um querer que te acorrenta tão dela. E aquele olhar cansado, parecido triste e perdido. Se apegas a cada dia mais tanto e a todas suas figuras: Pequena passeando sozinha no colégio cuj'era novata. O quarto de princesa do pai. A quer de todos os jeitos que ainda não viu. E se a procurava como cura, agora ao lado um medo constante que se desmorone fragmentando-se ao máximo, e com tal força que esta supere uma força típica desses amores mais bonitos que há por aí. |