Nó na garganta também de saudade.
Certeza que é saudade.
Embora nebuloso turvo de muitas coisas mais
que até pareça muito
ser só mágoa de ti,
desgosto,
e/ou um desejo revoltoso
de lhe gritar bem alto,
perto do ouvido,
a palavra mais certa e mágica disponível.
E que eu nunca sei qual,
que me frustra.
Nessas horas
desse labirinto emotivo
queria e bastaria só
que você me sentisse mais.
Só isso.
Bem bem mais.
Bem bem bem bem mais.
Talvez se eu chorasse.
Desabasse.
Concretizando o que sinto por dentro.
Mas eu talvez só saiba soar duro.
E tanto faz que eu parta do principio
de que tenho as melhores intenções
os sentimentos mais nobres
e a tristeza maior do mundo.
E tanto faz que eu parta do principio
de que tudo meu busca nós dois.
Constrói nós dois.
Constrói te amar.
Evidenciar sua ingratidão
(Esfregar na sua cara sua ingratidão).
Mas você é uma filha da puta
que não tem culpa
de ser sua própria inimiga.
E, vencida por si mesma,
inclusive,
vence a nós dois.
A perspectiva contraparte
que sinto como fato -
eu concebido um menino amarelo descalço
invisível latindo
tentando só sanar-não baldear a porra toda -
lhe é minimamemte convincente
e desinteressante
perante
a tua
tão doente
perspectiva.
Então, acabas com a porra toda,
com o domingo,
que eu só queria gastar ao seu lado,
por motivos e sentimentos
vistos como mais interessantes e sensatos
apenas num curto prazo de poucos minutos.
E eu só lhe culpo tanto, tão triste,
sem muito a fazer.
