Será que sou mais tua fraquesa a teu querer?
Será que o que eu sou pra você é o que eu não sou em lugar qualquer?
E que o que vê como tua companhia é a solidão,
tal como das que já tive outrora,
turvada por ilusões de quem é sozinho?
Será que mereço tudo isso de você:
Todo o afeto, trabalho, todo empenho, massagens,
as companhias que te deixaram exausta -
que, não me engano, foram só pra me agradar.
Será que mereço tanto empenho,
tantas noites em claro, tantas lagrimas derramadas
e sorrisos cometidos por conquistas tão egoistas?
Você não faz idéia - será que fará algum dia? -
de como é tormentoso o suplicio,
Como me pesa os ombros tantas dúvidas.
Como me pesa, com força, pairar na suposta resposta
de que eu não mereça um quinto de tudo que me dera.
E como me é pungente ter tido, querido querer, e não ter conseguido.